Av. Jornalista Umberto Calderaro Filho, nº 455 – Adrianópolis Edifício Cristal Tower, salas 810 e 1014

As Doenças Cardíacas

1 – DAC

O músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante de sangue rico em oxigênio. As artérias coronarianas, que se ramificam da aorta assim que esta sai do coração, fornecem esse sangue. A doença arterial coronariana, causada pelo estreitamento de uma ou mais dessas artérias por placas de gorduras  (aterosclerose), pode bloquear o fluxo sanguíneo, o que causa dor torácica (angina) ou um ataque cardíaco (também denominado infarto do miocárdio, ou IM). A doença arterial coronariana é uma das principais causas de morte em homens e mulheres, contabilizando aproximadamente um terço de todas as mortes em países desenvolvidos.

Alguns fatores que contribuem para que uma pessoa desenvolva doença arterial coronariana:

Idade avançada

Histórico familiar de doença arterial coronariana precoce

Colesterol alto

Diabetes mellitus

Tabagismo

Hipertensão arterial

Obesidade

Sedentarismo

O diagnóstico inclui a realização de uma anamnese cuidadosa conduzida pelo médico cardiologista, complementada por exames complementares. O tratamento varia de acordo com cada caso, incluindo o uso de medicamentos, angioplastia ou a realização de cirurgia de revascularização do miocárdio.

2- Estenose Mitral

Estenose mitral (EM) é o estreitamento na abertura da válvula mitral ocasionando uma obstrução ao fluxo sanguíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. No brasil e nos países em desenvolvimento, a principal causa é a febre reumática. Um dos sintomas mais comuns é a falta de ar aos esforços, edema e arritmias cardíacas que podem causar acidente vascular cerebral. O ecocardiograma é o método de escolha para diagnosticar a estenose mitral. O tratamento além do uso de medicações como diuréticos,  betabloqueadores e anticoagulantes, pode incluir a troca cirúrgica da válvula mitral por uma prótese.

3 – Insuficiência Mitral

A válvula mitral situa-se na abertura entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. A válvula mitral se abre para permitir que o sangue do átrio esquerdo encha o ventrículo esquerdo e se fecha enquanto o ventrículo esquerdo se contrai para bombear sangue somente para dentro da aorta sem voltar para o átrio esquerdo. Quando a válvula mitral não se fecha completamente, há refluxo de parte do sangue para o átrio esquerdo, o que é chamado insuficiência mitral. A regurgitação grave pode resultar em insuficiência cardíaca, um quadro clínico em que o aumento da pressão no átrio faz com que haja acúmulo de líquido (congestão) nos pulmões ou em que a redução do fluxo de sangue do ventrículo para o corpo priva os órgãos da quantidade adequada de sangue. O ecocardiograma fornece a maioria das informações sobre o tamanho do átrio e do ventrículo e sobre a quantidade de sangue que está vazando para que se possa determinar a gravidade da regurgitação e o tratamento de acordo com cada paciente.

4 – Estenose Aórtica

A válvula aórtica situa-se na abertura entre o ventrículo esquerdo e a aorta. A válvula aórtica se abre à medida que o ventrículo esquerdo se contrai para bombear sangue na aorta. Se um distúrbio fizer as abas das válvulas ficarem espessas e endurecidas, a abertura das válvulas se torna estreitada (estenose), dificultando a saída de sangue do coração. Pode ocorrer aperto no peito (angina) durante o esforço. Os sintomas desaparecem com vários minutos de descanso. Pessoas com insuficiência cardíaca desenvolvem fadiga e falta de ar durante o esforço. As pessoas que têm estenose aórtica grave podem desmaiar durante o esforço, pois a pressão arterial pode cair repentinamente. O desmaio geralmente ocorre sem sintomas de alerta (como tontura ou sensação de desmaio iminente). O ecocardiograma é o melhor procedimento para avaliar a gravidade da estenose aórtica (pois mede o quão pequena é a abertura da válvula) e a função do ventrículo esquerdo.

5 – Insuficiência aórtica

A insuficiência aórtica caracteriza-se pelo fluxo sanguíneo retrógrado da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole, devido à incompetência do mecanismo de fechamento valvar aórtico. Em decorrência da disfunção ventricular ocorre dispneia, fadiga, quadros de palpitações e dor torácica. A causa mais comum em nosso meio é a febre reumática . Outras causas são:  endocardite infecciosa com destruição e perfuração dos folhetos, valva aórtica bicúspide (causa congênita mais comum) e dilatação  da raiz da aorta. O ecocardiograma permite investigar a etiologia, gravidade da insuficiência e a função cardíaca.

6 – Cardiopatias congênitas

 A doença cardíaca congênita (cardiopatia congênita) é uma alteração na estrutura do seu coração presente antes mesmo do nascimento. É um termo genérico utilizado para descrever alterações do coração e dos grandes vasos, presentes ao nascimento. As cardiopatias congênitas podem produzir sintomas no nascimento, durante a infância, ou então na idade adulta. Cianose, falta de ar, fadiga e palpitações estāo entre as manifestações mais comuns. Em alguns casos, a cardiopatia congênita não causa sintomas. Incluem alterações nas válvulas cardíacas, alterações nas paredes entre os átrios e ventrículos do coração (comunicação interatrial e comunicação interventricular, respectivamente) e anormalidades no músculo cardíaco. A avaliação cardiológica é fundamental no seu diagnóstico precoce e tratamento, podendo ser necessária intervenção cirúrgica ou percutânea.

7 –  Check up cardiológico

Quando se trata de prevenir doenças do coração, nossa atenção se volta aos fatores de risco: lipídeos (colesterol, triglicerídeos), obesidade, tabagismo, sedentarismo, stress. Doenças como hipertensão e diabetes e os antecedentes familiares de doenças cardíacas são também importantes fatores predisponentes ao comprometimento cardíaco. Além disso, doenças endócrinas, renais e infecciosas podem apresentar maior risco para o coração. O check up cardiológico auxilia no controle desses fatores e vai além. Identifica precocemente possíveis alterações que podem comprometer o coração, É realizado através da anamnese, exame físico e de alguns exames complementares. Conduzido pelo Cardiologista, tem o propósito de prevenir doenças cardíacas e/ou de acompanhar a sua evolução. Podem ser necessários exames de sangue, eletrocardiograma, ecocardiograma, mapa de 24h, holter, raio X de tórax, teste ergométrico, dentre outros, conforme a avaliação do cardiologista.  O check up deve ser feito na presença de sintoma cardíacos, fatores de risco para doenças cardiovasculares ou de rotina a partir dos 35 anos em homens e aos 40 anos para mulheres.

8 – Risco cirúrgico cardiológico

Antes de qualquer cirurgia ou exame diagnóstico invasivo, é necessário que o paciente passe por uma avaliação cardiológica pré – operatória. Mesmo que a cirurgia não seja relacionada com o sistema cardiovascular, podem haver complicações como infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas e acidente vascular cerebral. O objetivo do risco cirúrgico é definir o risco do paciente para tais complicações e adotar medidas para minimizar sua ocorrência, tornando o procedimento mais seguro. A avaliação é feita de forma individualizada, podendo ser necessária a realização de alguns exames cardiológicos e a otimização do tratamento de algumas comorbidades identificadas durante a consulta.

9 – Insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca, popularmente conhecida como “coração grande”, é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue para o corpo, gerando sintomas como cansaço, tosse noturna e o inchaço nas pernas ao final do dia, já que o oxigênio presente no sangue não consegue chegar aos órgãos e tecidos. O principal sintoma de insuficiência cardíaca é o cansaço progressivo que se inicia após grandes esforços, como subir escada ou correr, mas que com o tempo pode aparecer até mesmo em repouso. Outros sinais e sintomas da insuficiência cardíaca são:

  • Tosse excessiva durante a noite;
  • Inchaço nas pernas, tornozelos e pés ao final do dia;
  • Falta de ar ao realizar esforços ou em repouso;
  • Palpitações e calafrios;
  • Inchaço abdominal;
  • Palidez;
  • Dificuldade para dormir com cabeceira baixa

O tratamento para insuficiência cardíaca deve ser orientado por um cardiologista e inclui o uso de medicamentos que melhoram os sintomas e reduzem a mortalidade do paciente. Restrições na ingestão de líquidos e sal também são geralmente necessárias para adequada estabilização do quadro.

Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn
Abrir no WhatsApp
Olá, em que posso ajudá-lo(a)?